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Melhorando o Seguro Saúde
15/09/2006

A Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão do Ministério da Saúde, fez uma avaliação das várias operadoras de planos de saúde no Brasil. Como era de se esperar, algumas se saíram bastante mal; outras, como Amil, Golden Cross e Unimed, obtiveram notas superiores. Mais importante do que o "ranking", contudo, foram os critérios de avaliação utilizados. A agência deu especial atenção à realização de procedimentos de caráter preventivo e de diagnóstico precoce, como é o caso das mamografias, que podem detectar o câncer de mama, a neoplasia que mata mais mulheres no Brasil.

É um passo importante. Porque, na realidade, não se faz seguro-saúde no Brasil, faz-se seguro-doença. Ou seja, a pessoa vai recorrer ao seguro quando tiver algum problema sério. E aí a coisa fica complicada: nesta situação, freqüentemente o tratamento é caro e a seguradora não quer pagar. Resultado: o maior número de queixas nos Procons é contra as operadoras de seguro-saúde (ou seguro-doença). Se as empresas ampliassem o elenco de ações preventivas e, mais, se estimulassem os associados a práticas de saúde, o resultado seria melhor para todos. Para as pessoas, que assim poderiam evitar doenças; para as seguradoras, que despenderiam menos em caros tratamentos. Isto é uma coisa óbvia e muitas operadoras já o fazem - mas não, mostrou o levantamento do Ministério da Saúde, na escala que seria desejável. Para isto, é importante que as seguradoras se relacionem mais intensamente com os segurados, talvez formando comunidades de saúde em que estes participem. Afinal, o plano é uma espécie de condomínio, e, como nos condomínios, a participação dos interessados é fundamental. Saúde é coisa que depende muito do estilo de vida e isto só se consegue com iniciativas individuais e coletivas. Os planos de saúde precisam vacinar mais, precisam motivar mais as pessoas a evitar álcool, tabagismo e drogas, precisam oferecer mais oportunidades para diagnóstico precoce de situações como o câncer de mama, o câncer de intestino, o câncer de próstata, o diabetes, a hipertensão arterial. E as pessoas precisam acostumar-se a levar em conta o item medidas preventivas quando escolherem o plano de saúde. Um quarto da população brasileira hoje tem seguro privado de saúde. É muita gente. E gente que precisa ser cuidada.

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