Conhecida internacionalmente como Pediacel, a vacina protege contra difteria,
tétano, coqueluche, poliomielite e doenças invasivas causadas pela bactéria
Haemophilus influenzae do tipo b, como a meningite. Por ser uma vacina combinada
(contra mais de uma doença), reduz o desconforto de múltiplas aplicações e o número
de visitas médicas, simplificando o esquema de vacinação.
A Sanofi Pasteur lança no Brasil a primeira vacina quíntupla 100% líquida contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e doenças invasivas causadas por Haemophilus influenzae do tipo b, como a meningite. Conhecida internacionalmente como Pediacel, é indicada para crianças de dois meses de idade até o sétimo aniversário, seja para a imunização primária ou como para o primeiro e segundo reforços.
Desenvolvida com tecnologia de ponta, a nova vacina já vem pronta para o uso - 100% líquida dentro da seringa -, descartando a necessidade da mistura da parte líquida com a liofilizada (em pó) como ocorre hoje com as algumas vacinas disponíveis no mercado. “Esta característica, além de agilizar a vacinação, diminui a possibilidade de acidentes, tornado a administração da vacina mais segura”, explica Marco Aurélio Sáfadi, professor-assistente de Infectologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
Por ser uma vacina combinada (contra mais de uma doença), reduz o desconforto de múltiplas aplicações, simplifica o esquema de vacinação e estimula os pais a seguirem corretamente o calendário estabelecido pelos médicos, assegurando a cobertura ideal contra as doenças da infância. “Como previne várias doenças com uma única injeção, a vacina combinada acaba sendo mais barata do que aquela que protege contra uma só doença”, avalia a pediatra e infectologista Luíza Helena Arlant Falleiros-Carvalho, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. O esquema básico prevê três doses (aos dois, quatro e seis meses) seguidas por dois reforços: o primeiro, aos 18 meses, e o segundo, entre quatro e seis anos.
TECNOLOGIA DE PONTA
Graças a uma sofisticada técnica de produção, o componente contra coqueluche da vacina internacionalmente conhecida como Pediacel é acelular: tem apenas fragmentos purificados da bactéria causadora da doença, a Bordetella pertussis, que estimulam a produção de anticorpos. Os elementos geradores das reações adversas são descartados.
Na última década, a maioria dos países desenvolvidos da Europa e da América do Norte passou a usar as vacinas
acelulares contra coqueluche, em lugar das vacinas produzidas com células inteiras. “A substituição ocorreu porque as vacinas
acelulares causam muito menos eventos adversos. Sejam eles locais, como a vermelhidão, o edema e dor no local da aplicação.
Ou de natureza sistêmica, como febre alta, convulsões e episódios hipotônico-hiporresponsivos, que causam palidez, diminuição
do tônus muscular, falta ou redução de resposta a estímulos”, afirma a pediatra Lucia Bricks, doutora em Medicina pela USP e
gerente-médica da Sanofi Pasteur.
O componente contra poliomielite também é diferenciado. Produzido com vírus inativados (mortos), elimina o risco do surgimento da poliomielite causada pelo próprio vírus derivado da vacina oral. Embora fundamental para a vacinação em massa e a quase erradicação da pólio no mundo, a vacina oral (OPV) é produzida com vírus atenuados (enfraquecidos). No intestino da criança, esses vírus podem entrar em contato com outros vírus, sofrer mutações genéticas, se tornarem novamente virulentos e contaminarem outras pessoas.
Este fenômeno, conhecido como paralisia por vírus derivados da vacina oral, foi identificado pela primeira vez em 2000. De lá
para cá, o número de casos chegou a 70, entre 2007 e 2008. O aumento levou a Organização Mundial da Saúde a declarar em
2006 ser impossível erradicar a pólio do mundo com a vacina oral.
Em razão de casos de paralisia por vírus derivados da vacina oral, o número de países que passaram a utilizar a vacina inativada contra a poliomielite subiu de 15 para 59, nos últimos nove anos. “O primeiro país da América Latina a adotar a vacina combinada acelular com inativada de pólio foi o México. Mesmo na Índia - um dos quatro países onde a doença é endêmica -, já existem planos para se adotar as vacinas inativadas”, explicou Lucia Bricks.
A vacina conhecida internacionalmente como Pediacel é contraindicada para crianças após o sétimo aniversário ou com hipersensibilidade a qualquer componente. Sua aplicação deve ser protelada em crianças com qualquer infecção aguda, incluindo doença febril.
DOENÇAS
Conheça um pouco mais sobre as doenças que são prevenidas pela vacina quíntupla:
· Coqueluche (tosse comprida) – Agride o aparelho respiratório, causa tosse contínua, coriza e mal-estar. Se não tratada, pode provocar broncopneumonia, inflamação nos ouvidos, convulsões, coma e morte. É realmente grave quando ataca menores de um ano, subnutridos e portadores de outras doenças. Agente transmissor: bactéria Bordetella pertussis.
· Difteria – É mais comum em crianças e nos meses frios, embora possa acometer adultos não imunes. Adquirida pelo contato com infectados, suas secreções e objetos, provoca febre, abatimento, palidez, dor de garganta, inchaço no pescoço e como complicação pode causar asfixia na criança. Agente transmissor: Corynebacterium diphteriae.
· Meningite – Ataca a membrana que recobre o cérebro (meninges). Pode começar como uma gripe forte. Os sintomas iniciais são: forte dor de cabeça, rigidez na nuca, febre alta e sonolência progressiva. Agentes transmissores: bactéria Haemophilus influenzae do tipo b (Hib), vírus, fungos, protozoários e outras bactérias.
· Paralisia infantil (poliomielite) – O vírus causador desta doença graveé transmitido por água e alimentos contaminados e até pelo ar. Pode causar desde infecção assintomática até quadros graves, com paralisia ou morte. Agente transmissor: poliovírus dos tipos I, II e III.
· Tétano – A bactéria causadora da doença contamina o ser humano e diversos animais. É encontrada nas fezes de animais, na terra, areia, espinhos de plantas, pregos enferrujados e instrumentos cirúrgicos contaminados. Ao penetrar no corpo através de ferimentos abertos, a bactéria produz uma toxina, que ataca o sistema nervoso central, provocando rigidez muscular em várias regiões do corpo, trismo (contração muscular que impede a abertura da boca), riso sardônico (produzido por espasmos dos músculos faciais) e convulsões. Ao se agravar, causa parada respiratória ou cardíaca. Agente Transmissor: Clostridium tetani.
Informações para imprensa com Nora Ferreira – Escritório de Comunicação (11) 3814-4600
Nora Ferreira
Lu Fernandes Escritório de Comunicação - 11 3814-4600