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Novo estudo compara a eficácia de tratamentos para DPOC
05/03/2011

Resultado mostra que brometo de tiotrópio reduz em 28% as crises graves, contribuindo para diminuir o número de internações e mortes pela doença

 

Dados do estudo POET (Prevention Of Exacerbations with Tiotropium), publicados este mês no New England Journal of Medicine, demonstram a eficácia do brometo de tiotrópio, em comparação ao salmeterol, no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo a análise, o tiotrópio reduz em 28% o risco de exarcebações graves e em 14% o risco de exacerbações moderadas, contribuindo para a diminuição do número de internações em um período de um ano. O estudo comprova também que o tiotrópio atrasa significativamente a ocorrência da primeira crise de DPOC, com uma redução de risco de 17% em relação ao salmeterol, além de diminuir em 11% a taxa anual das crises vividas pelos pacientes e em 23%, 15% e 24% os riscos de exacerbações tratadas com corticóides sistêmicos, antibióticos ou ambos, simultaneamente.

As exacerbações – crises fortes de falta de ar, tosse e produção de catarro que acometem os portadores moderados a muito graves de DPOC – acarretam grande impacto sobre a saúde dos pacientes e geralmente resultam em frequentes internações. Essas crises são indicadores-chave da progressão da doença e do declínio na função pulmonar. Preveni-las é a meta principal do tratamento com broncodilatadores inaláveis de longa duração, como o brometo de tiotrópio. O medicamento aumenta o diâmetro das vias aéreas e proporciona melhora dos sintomas, aumenta a resistência às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises.

A análise envolveu 7.376 pacientes de DPOC moderada a muito grave. Dos 2.691 pacientes que apresentaram exarcebações, 44% tinham DPOC moderada. Os efeitos do brometo de tiotrópio na redução da taxa anual de crises por paciente foi superior em todas as análises, independentemente de idade, sexo, tempo de exposição ao cigarro, gravidade da doença, índice de massa corporal e uso de outros medicamentos. Além disso, os benefícios do tiotrópio em comparação ao salmeterol tornaram-se evidentes um mês após o início da análise e mantiveram-se durante todo o período de duração do estudo.

“As exarcebações têm grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e aumentam o risco de morte. O estudo POET reforça o brometo de tiotrópio como primeira escolha no tratamento de manutenção dos pacientes com DPOC, permitindo aos portadores levar uma vida ativa por mais tempo”, afirma o Dr. Claus Vogelmeier, coordenador do estudo e professor do departamento de Medicina Interna, Divisão de Pneumologia, da Universidade de Marburg, na Alemanha.

 Sobre o estudo POET

POET é um estudo com um ano de duração, multicêntrico (725 sites), multinacional (25 países), randomizado, duplo-cego, duplo placebo, de grupo paralelo com homens e mulheres com DPOC. O objetivo primário do estudo foi comparar o efeito do brometo de tiotrópio cápsula para inalação (18 mcg) via HandiHaler ® e salmeterol (50 mcg) via inalador HFA de dose medida (MDI) sobre as exarcebações em pacientes com a doença.

Os pacientes incluídos no estudo tinham 40 anos ou mais, com histórico de mais de 10 anos de tabagismo e diagnóstico de DPOC moderada a muito grave, que tiveram pelo menos uma exarcebação no ano anterior.

Sobre a DPOC

A DPOC é caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar e atinge aproximadamente 210 milhões de pessoas em todo o mundo, sete milhões só no Brasil. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a doença é responsável por aproximadamente 270 mil internações e 40 mil mortes por ano. Por essa razão, a DPOC tem forte impacto econômico para o governo: a doença custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 100 milhões ao ano, visto que cerca de 70% dos pacientes dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento. Além dos custos relacionados a internações e remédios, a doença leva a falta de resistência física, ausência no trabalho e morte prematura, ocasionando gastos adicionais para a família, paciente ou responsável.

Quando a enfermidade progride, a função pulmonar diminui, o paciente não consegue mais fazer atividades físicas e, muitas vezes, nem as tarefas do dia a dia. Por isso é importante garantir diagnóstico e tratamento o mais cedo possível, para que a doença não avance. A cessação do tabagismo também é peça fundamental do tratamento, já que os fumantes são os mais atingidos: 90% dos casos.

 

 

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