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Total de planos de saúde cai 7,5%
19/05/2006

Pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar indica que saneamento é razão da redução no número de empresas
O mercado de planos de saúde encolheu no país nos últimos três anos. Levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que o número de empresas que operam no setor diminuiu 7,5% e passou de 1.827 para 1.700 empresas entre 2003 e 2005. O encolhimento foi motivado pelo saneamento do setor de saúde suplementar. Em Pernambuco, duas empresas foram liquidadas, houve duas incorporações de carteira e ainda resta uma empresa em regime de direção fiscal. Pelas estatísticas da ANS, o número de usuários cresceu acima de 7,2% no período e hoje é superior a 36,9 milhões.
Os números constam no Atlas Econômico-Financeiro de Saúde Suplementar 2005 divulgado ontem pela agência reguladora. O documento foi elaborado a partir da análise das informações repassadas trimestralmente à ANS pelas operadoras a partir de 2003. O atlas indica que melhorou o grau de liquidez das empresas, o que revela maior capacidade de as operadoras pagarem as suas despesas. De uma forma geral, o mapeamento representamaior segurança para os usuários de que os planos de saúde terão condições de bancar os serviços contratados.
O documento mostra que a partir de 2003 houve redução de 7,5% no número de empresas que operam no setor no país, como consequência da maior regulação do mercado. A ANS passou a monitorar mais de perto os balancetes dos planos de saúde, além de exigir garantias econômico-financeiras para a liberação do registro de funcionamento. Foi dado um prazo - encerrado em abril - para a renovação dos registros, e banidas do sistema as empresas que deixaram de entregar a documentação definitiva à agência.
Atualmente, existem cerca de 1.700 empresas que atuam no setor, atendendo a quase 37 milhões usuários. Mais da metade das operadoras está concetrada no estado de São Paulo, que apresenta a maior cobertura do país. Cerca de 38% da população paulista têm cobertura de planos de saúde. O Sudeste concentra 25,38 milhões de beneficiários. Pelos números da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Pernambuco tem 29 empresas com cobertura de 1,054 milhão de usuários. Representa a fatia de apenas 1,7% do mercado nacional.
O presidente regional da Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge), Flávio Wanderley, diz que a recuperação econômica das empresas é visível no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Ele atribui o bom desempenho ao redimensionamento da rede. "Em Pernambuco houve o saneamento do mercado, o que foi fundamental para evitar a atividade predatória", confirma.

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