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Dermatoscopia permite diagnóstico precoce do câncer de pele
20/05/2010

Único equipamento digital em Rio Preto que grava as imagens e compara, permitindo que pintas sejam examinadas de forma precisa. Estimativa do INCA é de 5930 novos casos de câncer de pele em 2010

O câncer de pele, o mais frequente entre a população brasileira segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), pode ser precocemente diagnosticado por um exame simples, não invasivo e bastante preciso. Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Adriana Cristina Caldas foi a primeira dermatologista a oferecer a avaliação aos seus pacientes com um aparelho digital, que grava e compara as imagens. O equipamento é o mesmo utilizado no National Cancer Institute, nos EUA, um dos maiores centros de excelência internacional em diagnóstico e tratamento do câncer de pele.

A dermatoscopia é uma avaliação clínica das lesões pigmentadas da pele, mais conhecidas como pintas, realizada através de imagens captadas e aumentadas de 20 até 70 vezes por um equipamento chamado dermatoscópio. O aparelho é importado da Alemanha e permite diferenciar as lesões benignas das que apresentam risco. A estimativa de novos casos de câncer de pele no país em 2010 é de 5930, sendo 2960 homens e 2970 mulheres, informa o INCA.

A dermatologista Adriana Cristina Caldas, membro do Grupo Brasileiro de Melanoma, explica que o dermatoscópio é o maior aliado no diagnóstico precoce da doença em razão da sua precisão e confiabilidade nos resultados. “Com este equipamento, podemos avaliar de forma precisa a gravidade de uma lesão pigmentada na pele e o risco que apresenta à saúde do paciente, sem que seja necessário realizar uma biópsia”, esclarece. O equipamento apresenta uma precisão diagnóstica de até 90% de acerto. Isso representa uma diminuição no número de cirurgias desnecessárias.

Dermatoscópio

O dermatoscópio torna possível detectar detalhes não perceptíveis a olho nu e a medição precisa do tamanho das lesões. Com isso, é possível realizar a avaliação da evolução das lesões, suas áreas e dimensões, e acompanhar características como a coloração, a assimetria e as bordas, lembra Adriana, especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. As lesões que não apresentam indícios de malignidade podem ser monitoradas por meio das fotografias armazenadas em um banco de imagem digital. Este processo se chama Monitorização de Lesões Pigmentadas (escuras) Cutâneas.

Melanoma

O tipo de câncer de pele que apresenta menor incidência de casos, porém o mais agressivo, é o melanoma, que tem sido relacionado às intensas exposições solares. Entretanto, este tipo de câncer não se restringe apenas a exposição solar e pessoas de pele clara. Qualquer um pode apresentar o Melanoma, sendo que as pessoas que tem parentes que já sofreram com a doença tem o risco aumentado.

A diferenciação entre os tipos de câncer de pele depende da camada da pele afetada. “Os tipos da doença mais comuns são o carcinoma basocelular, que se manifesta em forma de bolha, e o carcinoma espinocelular, que se apresenta em forma de uma crosta endurecida ou em feridas”, classifica Adriana. Segundo a dermatologista, existem outros tipos de câncer de pele, o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Porém o mais letal é o Malanoma.

É de fundamental importância que o paciente esteja atento aos sinais que o organismo dá, desde uma inofensiva pinta a uma mancha com características diferentes, como lesões que não cicatrizam, manchas ou pintas que mudem de cor e tamanho e apresentem coceira ou qualquer mancha escura que sangre com facilidade. O ideal é procurar um especialista a qualquer sinal de alerta.

FONTE:
Danielle Terenci
Guimarães Comunicação
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