O Brasil é conhecido e admirado no exterior pelas suas riquezas naturais e principalmente pelas belas mulheres. Essa segunda característica comprova a preocupação das brasileiras com a boa forma física e que fazem qualquer coisa para obtê-la, desde muito exercício físico, cirurgias plásticas, até os "milagrosos" remédios para emagrecimento. No entanto, a busca frenética pela beleza está estimulando estatísticas preocupantes. O escritório da ONU responsável pela fiscalização do controle mundial anti-drogas divulgou um relatório que aponta que o Brasil tem o maior consumo per capita de remédios para emagrecimento.
Apesar de proibido o consumo sem receita médica de anfetaminas como supressores de apetite no país, especialistas alertam para as inúmeras maneiras de burlar a lei e para os riscos do uso desses medicamentos. Segundo o relatório da ONU, o consumo per capita dos remédios para emagrecer, ou anoréxicos, no Brasil chegou a 9,1 doses diárias por mil habitantes no período entre 2002 e 2004. Em relação ao período de 1992 a 1994, houve um aumento de mais de 20% no uso dessas drogas.
Outros países com alto consumo de remédios para emagrecer, segundo o documento, são os Estados Unidos (7,7 doses diárias por mil habitantes), Argentina (6,7 doses diárias por mil habitantes) e Coréia do Sul e Cingapura (ambos com 6,4 doses diárias por mil habitantes). O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) esclarece que o uso contínuo de anfetaminas, além de provocar perda de peso acentuada, eleva de forma permanente a pressão sanguínea e, ainda, pode provocar agressividade, irritação, paranóia, confusão de pensamento, compulsividade e até esquizofrenia.