Levantamento avaliou o conhecimento de médicos e pacientes sobre a relação existente entre asma e rinite alérgica e resultou em um retrato atual que permite avaliar o impacto dessas doenças no dia a dia de milhões de pessoas
São Paulo, 11 de março de 2010 - A pesquisa, desenvolvida pelo laboratório MSD, ouviu médicos e pacientes (pais de crianças com asma e pacientes adultos) de quatro capitais brasileiras – São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Segundo o levantamento, os médicos afirmaram que somente metade de seus pacientes tem a asma bem controlada, apesar do tratamento. Entre os fatores que os médicos citam como principais barreiras para o controle eficaz da asma estão a baixa adesão ao tratamento e a falta de conscientização de pais e pacientes sobre a gravidade da doença. Esses fatores foram citados por 63% e 41% dos médicos entrevistados, respectivamente.
O estigma social associado ao uso de inaladores e nebulizadores, assim como a dificuldade de manuseá-los, também foram citados como fatores importantes para a falta de controle da asma. Segundo 37% dos médicos entrevistados, as crianças são os pacientes com maior dificuldade de utilizar esses dispositivos, mas os adultos (29%) são os mais resistentes ao seu uso, devido ao estigma social que representariam.
Por outro lado, como fatores indicativos de que a asma está bem controlada, os médicos apontaram o pouco uso de medicamento de alívio (53%) e a redução do número de episódios de despertar noturno e de tosse e chiado (36% e 37%, respectivamente). Além desses, os pacientes citaram a manutenção da capacidade de se exercitar e a redução do absenteísmo à escola ou ao trabalho também como fatores importantes para definirem sua asma como controlada (apontada por 44% e 26% dos respondentes, respectivamente)
"Quando falamos de controle da asma, estamos indo além do controle de desencadeadores, estamos nos referindo à implementação de tratamento e plano corretos para evitar a recorrência dos sintomas. Estamos visando à qualidade de vida dos pacientes. As pessoas com asma podem e devem ser capazes de viver plenamente, tomando medidas para prevenir os sintomas”, afirma a Dra. Zuleid Mattar, diretora da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA), regional São Paulo.
A pesquisa também objetivou avaliar o conhecimento de médicos e pacientes sobre a correlação entre asma e rinite alérgica. "Essas são duas doenças decorrentes da inflamação das vias aéreas e não raro ocorrem simultaneamente. Segundo as diretrizes ARIA (Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma), sabe-se que os sintomas de rinite alérgica tendem a piorar o quadro de asma e que a rinite deve ser considerada um fator de risco para o desenvolvimento da asma", complementa a médica.
O levantamento feito pela MSD retrata bem essa relação, ao mostrar que mais de 91% dos pacientes entrevistados apresentam asma e rinite alérgica concomitantes e que 88% deles sabem que a rinite alérgica pode agravar a asma.
A pesquisa ouviu 140 pessoas, sendo 60 médicos, 40 pais de crianças de 1 a 17 anos com asma e 40 pacientes adultos. Encomendado pelo laboratório MSD, o estudo foi realizado pela Target Marketing.
Preocupação dos pais
Sono interrompido. Aulas perdidas. Diversão adiada. Os pais de crianças com asma classificaram o impacto da doença na rotina dos filhos como o principal problema causado pelo mal, incluindo a difícil administração do medicamento e as limitações das atividades do filho por causa dos sintomas. Para 38% dos pais, identificar os agentes desencadeadores da asma é o maior desafio para controlar a doença.
As principais razões apontadas para a asma não controlada pelos pais estão relacionadas à adesão ao tratamento: 87% afirmam que o filho nem sempre toma medicamento e 29% acham que a difícil administração do medicamento afeta também.
“Os pais concordam com os médicos que a adesão ao tratamento é fator essencial no controle da asma de seus filhos e que sua participação nesse processo é fundamental. Ambos os grupos também concordam que o impacto da doença na vida dos filhos é a questão que mais traz preocupação para os pais”, constata a Dra. Zuleid Mattar, que é também presidente do Conselho de Programas para a Asma e a Rinite (COPAR).
Para a especialista, o fator que precisa ser mais compreendido e discutido no consultório médico é a questão da diferença entre os desencadeadores da asma e as estratégias de controle dos sintomas. “É muito importante entender que evitar os desencadeadores e utilizar o tratamento correto pode ajudar essas crianças a ter melhor qualidade de vida e uma infância normal, por meio do controle da doença. Quanto melhor for o controle do ambiente e quanto maior a adesão ao tratamento preventivo, menor a chance de o paciente sofrer crises.”
Os tratamentos atuais disponíveis
Dentre os mais novos agentes para controlar a asma e a rinite, tanto em adultos como em bebês e crianças, o antileucotrieno montelucaste de sódio tem sido muito utilizado, em razão do bom perfil de segurança (provocando poucos efeitos colaterais) e facilidade de administração (em comprimido ou em grânulos orais para crianças acima de 6 meses, uma vez ao dia). Além disso, é um dos poucos medicamentos que podem ser prescritos a crianças a partir de 6 meses de idade. O medicamento reduz a inflamação tanto da via respiratória superior quanto da inferior, evitando a ocorrência de novas crises de asma. Ao contrário de broncodilatadores, é indicado para o controle da asma e não para o resgate do paciente durante a crise. O medicamento também é recomendado para o tratamento dos sintomas da rinite alérgica
Sobre a asma
A asma afeta de 100 a 150 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A prevalência na população pediátrica é de 15% a 20%, conforme dados do estudo epidemiológico International Study of Asthma and Allergies in Childhood. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de prevalência da doença. Até 2025, o número de asmáticos pode chegar a 450 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a American Academy of Allergy, Asthma and Immunology.
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