Notícia

Skip Navigation LinksHome > Simpro > Notícia

Infecção Hospitalar aumenta em 25% custos extras em Hospitais
19/05/2008

Anvisa quer fazer consulta pública para mudar a lei de controle às infecções hospitalares. Acreditação pode ser a solução

As infecções hospitalares (IHs) costumam prolongar o tempo de internação em sete dias nos hospitais, gerando custos adicionais de 25% para instituições de saúde. As IHs são responsáveis por cerca de 45 mil óbitos anuais no Brasil, provocando um impacto de 5% na taxa de mortalidade registrada no país. Pesquisas internacionais revelam que o custo de um paciente com infecção é de duas a cinco vezes mais alto. Para reverter essa situação a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de divulgar que quer colocar em prática uma nova proposta de regulamento técnico para o controle de infecções, que inclui as responsabilidades sobre a fiscalização e ações de controle e prevenção.

Embora a legislação atual estabeleça que os hospitais brasileiros tenham Comissões de Controle de Infecções Hospitalar (CCIHs) e que informem suas taxas de infecção para o Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infecções em Serviços de Saúde (Sinais), apenas metade dos sete mil hospitais do país com CCIHs possuem dados confiáveis, conforme admite a própria Anvisa. A agência quer agora propor uma consulta pública para colocar em prática, no próximo semestre, a nova legislação, que seria mais focada nas rotinas dos profissionais de saúde.

É justamente na padronização do serviço e na qualificação profissional que é focada a acreditação, processo que segue modelos para normatizar métodos de trabalho e que garante segurança ao paciente e ao profissional de saúde. “Temos que reduzir os riscos aos nossos pacientes. O que tentamos fazer é oferecer uma estratégia que possibilite resultados garantidos aos hospitais que a praticarem”, resumiu o diretor médico da Joint Commission International (JCI), David Jaimovich, maior agência acreditadora dos Estados Unidos, representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA).

Hospitais brasileiros já aderiram a acreditação

Catéteres e dispositivos utilizados para administrar soro, sangue, nutrição parenteral, lavagem incorreta das mãos e, a desinfecção e o transporte de equipamentos cirúrgicos usados pelos médicos são algumas das principais vias de transmissão das IHs. Nos 16 hospitais brasileiros acreditados internacionalmente, as infecções hospitalares estão controladas, principalmente, devido ao processo de acreditação, metodologia que certifica instituições de saúde com alto padrão de qualidade, igualando-os as melhores unidades de saúde do país e do mundo.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (INTO-RJ), por exemplo, desenvolve um programa para combater as IHs, com a participação da equipe e o apoio de gestores. Segundo Ivanise Arouche, chefe da Divisão de Enfermagem do INTO, a recomendação padrão é a educação dos profissionais e usuários e a vigilância constante. “A infecção hospitalar pode ocasionar desde um tratamento prolongado até mesmo o óbito. Com a educação dos pacientes e familiares, formamos aliados no controle dos riscos”, afirma Ivanise. Com a implementação da educação dos pacientes e familiares antes mesmo da internação, por meio de participação em aula e recebimento de folder, e a educação permanente da equipe multiprofissional, foi observado no INTO um maior controle dos índices de infecção hospitalar, ocorrendo assim a conscientização e a maior adesão dos profissionais da instituição ao combate às IHs.

No Hospital Copa D’Or (RJ), o processo de acreditação ocasionou uma mobilização em todos os setores no combate à infecção hospitalar. “Passou-se a tratar esse assunto de forma planejada e com a devida importância na implementação de medidas preventivas”, comenta a Coordenadora Técnica de Enfermagem e Qualidade do Copa D’Or, Rogéria Pereira. Segundo ela, também são controladas as taxas de infecção cirúrgica, com uma pesquisa feita por enfermeiros e médicos da Central de Controle à Infecção Hospitalar (CCIH). O treinamento de lavagem das mãos, os cuidados no uso de barreiras para controle de microorganismos transmitidos por contato ou por via respiratória, são apresentados logo na chegada do profissional à instituição e periodicamente são feitas reciclagens. Existe a recomendação da lavagem das mãos, ou, na impossibilidade, o uso do álcool gel. “Utilizamos um filme, em que demonstramos a técnica da lavagem das mãos, entre outras recomendações para prevenção de IH”, acrescenta Rogéria.

Nas unidades de cuidados intensivos, Rogéria explica que assuntos como a prevenção de acidentes com a ventilação mecânica conta com a implementação de protocolo. O familiar também precisa participar, em situações específicas, de algumas ações de prevenção, como, por exemplo, no uso de máscara para evitar disseminação de tuberculose. “A nossa experiência demonstra que a aplicação de protocolos, como por exemplo, o sugerido pelo Institute For Healthcare Improvement, para prevenção de infecção respiratória associada à ventilação mecânica, que já se encontra totalmente implementado, é um caminho seguro para o controle dos índices de IHs”, finaliza.

FONTE:
ASSESSORIA DE IMPRENSA
SB Comunicação, tel. (21) 2572.8720
Cristina Miguez, tel. (21) 8214.8776
Simone Beja, tel.(21) 9367.3722
Kátia Thomas, tel. (21) 9131-6150
Anna Gabriela Lopes, tel. (21) 9448-9649
Isabel Sena, tel. (21) 9375.7709 


Fonte: