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Diagnóstico Morte Encefálica – procedimentos e pós
19/03/2009

Médicos da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), aqueles especializados em pacientes críticos e UTI (ambiente em que ocorrem 100% do diagnóstico), contam quais são os procedimentos para declarar morte encefálica e o que deve ser feito depois
A morte encefálica é a ausência total e irreversível da função do córtex e do tronco. Isso que dizer que o paciente nessa condição está em um coma profundo, sem resposta motora e nenhuma atividade encefálica. “O paciente não respira sozinho, a pressão arterial cai, em poucas horas o coração para e há inatividade de todas as reações oculares. O doente também não responde a dor e tem completa irresponsividade”, explica o dr. Álvaro Réa-Neto, presidente da AMIB. Segundo ele, 100% dos casos de morte encefálica são diagnosticados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou em ambientes com recursos avançados semelhantes aos das unidades.
Segundo o dr. Sidney Sotero, presidente da Sociedade Brasiliense de Medicina Intensiva (SOBRAMI), regional da AMIB, além desse fatores, o diagnóstico de morte encefálica é feito por meio de um protocolo rigoroso do Ministério da Saúde (MS). “O paciente é avaliado sequencialmente por um intensivista e seis horas depois por um neurologista (ou vice-e-versa) e, depois, tem o diagnóstico confirmado por método complementar, como arteriografia cerebral, que confirma a ausência do fluxo de sangue no cérebro. O protocolo só se inicia quando não houver qualquer efeito de qualquer droga sedativa ou outra causa metabólica que possa interferir na consciência”, complementa.

O dr. Réa-Neto ressalta ainda que após o diagnóstico da morte encefálica, os médicos informam sobre a condição do paciente à família, que decide, em conjunto com a equipe médica, se o doente será retirado do suporte avançado de vida e se haverá doação de órgão. “Caso os familiares optem pela doação, mantemos a respiração, por meio de ventilação mecânica, e o coração do paciente batendo de 12 a 24 horas para a retirada dos órgãos. Caso a família não queria que os aparelhos sejam desligados ou não autorize a doação, conservamos o suporte, mas, em um ou dois dias, o paciente normalmente tem parada cardíaca e morre”.
“É muito difícil para as pessoas, principalmente para os familiares, aceitarem o diagnóstico, pois o paciente ainda está respirando e seu coração está batendo, mesmo que seja por meio de aparelhos. É uma situação delicada, mas é preciso assimilar que morte encefálica é morte e que é irreversível”, finaliza o dr. Sotero.

AMIB
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), órgão representativo oficial dos profissionais de Medicina Intensiva no Brasil, é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1980, que congrega mais de cinco mil sócios. A associação, além de investir em estudos científicos, promover fóruns e oferecer pós-graduação, é a única habilitada para conferir aos médicos o título de especialista em Medicina Intensiva, especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

FONTE AMIB
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Jornalista responsável: Chiara Miele - Mtb - 39808
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