Especialista da Fundação Vanzolini explica que os critérios estabelecidos pelas acreditações podem contribuir para a solução dos problemas estruturais do setor
Oferecer um serviço que atenda às necessidades e expectativas da população é uma difícil tarefa que a área da saúde trabalha para cumprir. Diante da complexidade dos problemas que atingem as organizações do setor, um primeiro passo para a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos pode ser a adequação de suas práticas ao conjunto de requisitos descrito pelas acreditações hospitalares.
A acreditação é um processo externo de avaliação integral - sistêmico - das condições de gestão assistencial e da qualidade das organizações prestadoras de serviços de saúde, realizado por uma instituição independente, credenciada junto à ONA – Organização Nacional de Acreditação. “Na verdade, a ONA não desenvolve os critérios e sim indica os ajustes necessários à organização que está sendo auditada”, explica o coordenador de acreditação em serviços de saúde da Fundação Vanzolini, Osnir Simonatto.
A Fundação Vanzolini foi uma das primeiras entidades credenciadas pela ONA para realizar a acreditação em organizações assistenciais da saúde e atua junto a hospitais, laboratórios, serviços hemoterápicos, radiológicos, de diagnóstico por imagem, radioterapias, serviços ambulatoriais, entre outros, abrangendo tanto o setor público quanto o setor privado.
Para Simonatto, o ponto mais importante das acreditações hospitalares é a chamada “cultura da qualidade”, na qual a preocupação com a melhoria se torna um hábito enraizado na instituição. “Quando, de forma voluntária, uma organização opta por adequar seus processos aos requisitos de um conjunto de normas, ele está contribuindo para o amadurecimento de todo um segmento. Os colaboradores se tornam mais críticos, mais sensíveis às falhas nos processos”, diz. “As acreditações hospitales não devem ser encaradas como um fim, mas sim como um ponto de partida para um processo de melhoria contínua. Isso faz com que a instituição desenvolva uma dinâmica de mudanças na qual a busca pela qualidade se torna uma rotina”, completa.
Entre as normas que atendem à área hospitalar, a ONA é a única que permite uma conquista gradual, o que contribui para a conscientização dos profissionais da instituição para a melhoria constante dos processos. Segundo Simonatto, essa possibilidade de obter a acreditação em etapas fornece condições para que instituições de diferentes portes possam rever seus processos gradativamente. “Diferentemente das outras acreditações que temos no mercado, a ONA é a única que oferece um processo gradual, desafiador, dividido em três níveis.
As outras normas são absolutas, ou seja, não há degraus a serem alcançados, o que inibe os gestores a iniciarem um processo de mudança”, ressalta.
O Nível 1 da acreditação ONA tem como princípio a segurança, atendendo a requisitos formais, técnicos e de estrutura para que a instituição cumpra a legislação que regula o setor. Já o Nível 2 analisa os processos organizacionais, enquanto que o Nível 3 busca a excelência na gestão, com foco nos resultados. Quando a organização de saúde cumpre integralmente os níveis 1, 2 e 3, ela alcança a condição de ‘Acreditada com Excelência’.
Sobre a Fundação Vanzolini – www.vanzolini.org.br
A Fundação Vanzolini, idealizada e gerida por professores do Departamento de Engenharia da Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, é um centro de referência no Brasil na produção de conhecimento em prol da melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Tem por objetivo desenvolver e difundir atividades de caráter inovador na área de Engenharia da Produção e Administração de Operações, priorizando seus projetos por critérios de relevância econômica e social e pautando sua atuação pelos atributos da excelência acadêmica, profissional e ética.
Fundada em 1967, suas atividades estão concentradas nas áreas de Educação Continuada, Certificação, Projetos e Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação. A instituição é reconhecida nacionalmente por sua constante contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do país por meio da difusão das ferramentas e do conhecimento que permitem qualificar os processos de produção e de gestão das operações.
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