Tendências nas áreas de desfragmentação, plataformização, remotelização e algoritmização serão abordadas neste fórum que irá reunir especialistas do Brasil e do Exterior.
Sob o tema “Future of Digital Health – Antecipando 2030”, o Congresso HIMSS@Hospitalar Fórum 2023 vai debater de 23 a 26 de maio as principais matrizes tecnológicas que chegarão à saúde nos próximos anos, tanto da rede pública como privada. O encontro integra a programação da 28ª Hospitalar, o principal evento e plataforma de geração de negócios e networking do setor de saúde na América Latina.
As sessões do fórum serão orientadas para quatro grandes vetores: (1) desfragmentação dos dados, a (2) expansão das plataformas digitais na cadeia de saúde, a (3) prática da medicina a distância – da telemedicina ao monitoramento remoto dos pacientes e a (4) intensificação do uso da inteligência artificial na saúde.
“Dentro desses eixos gravita boa parte das transformações digitais em curso, não só no Sistema Nacional de Saúde como em boa parte dos países do G20”, afirma Guilherme Hummel, coordenador científico do congresso. “A velocidade das transformação requer estudo, investigação e preparação para aferirmos o seu impacto sobre o ecossistema nacional e da América Latina”, complementa.
O congresso é resultado de uma parceria entre a Hospitalar e o HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society, a maior sociedade mundial de tecnologia de informação em saúde do mundo. Criada em 1961, esta organização sem fins lucrativos possui sede nos Estados Unidos e reúne cerca de 120 mil membros individuais, 430 organizações prestadoras de serviços, 500 parceiros sem fins lucrativos e 550 organizações de serviços de saúde em todo o mundo.
Desfragmentação
A discussão sobre as estratégicas e ferramentas para desfragmentar o sistema nacional de saúde vai abrir a programação do Congresso HIMSS@Hospitalar Fórum 2023 no dia 23. Na pauta estarão dois estudos de caso internacionais. O primeiro mostrará como o sistema de cuidados integrados do NHS, Serviço Público de Saúde britânico, está reduzido a fragmentação da saúde do Reino Unido. O segundo abordará a estratégia digital da atenção primária da Espanha e o cuidado contínuo coordenado.
Em meio a esses estudos de caso, especialistas irão debater como a Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), também chamada de Open Health, poderá ser uma estratégia brasileira de desfragmentação do sistema de saúde. O fórum discutirá como a saúde digital poderá revolucionar a atenção primária no Brasil.
Plataformização
No dia 24, o congresso lançará foco sobre a tendência mundial dos sistemas de saúde públicos e privados se transformarem em plataformas abertas, semelhantes a um market place. Especialistas estrangeiros vão antecipar as megatendências neste campo e descrever o potencial dessas estruturas digitais para reduzir a barreira entre os pacientes e o sistema de saúde, melhorando sua eficiência.
Durante a programação, o fórum abrirá espaço para as questões relacionadas à saúde no País. Em diferentes debates, irá abordar como as plataformas digitais podem melhorar o acesso e a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como os passos que faltam para o Brasil adotar plataformização da saúde até 2030. Também apresentará o papel estratégico dessas estruturas no compartilhamento de dados e no engajamento dos pacientes, além de apontar caminhos para que os dilemas da falta de interoperabilidade sejam superados.
Remotelização
A telemedicina e outras atividades na área da saúde, que hoje podem ser realizadas de forma remota, serão abordadas no dia 25. Especialistas internacionais vão expor como o monitoramento remoto – feito por dispositivos médicos e inteligência artificial – estão criando novas formas de gestão das doenças crônica. Durante o almoço, haverá a exposição de um estudo de caso internacional sobre a evolução da telessaúde e do cuidado residencial.
Uma das sessões irá enfocar as tendências da Internet das Coisas Médicas (IoMT) com o avanço da tecnologia 5G no País. Neste dia, a programação prevê a realização de dois debates. O primeiro discutirá porque a telessaúde mental ganhou relevância no pós-covid e o segundo traçará o perfil da cadeia de saúde em 2030, explicando por que os sistemas universais de saúde serão dependentes da conectividade em 2030.
Algoritmização
O Congresso HIMSS@Hospitalar Fórum 2023 termina no dia 26 abordando o uso de inteligência artificial na saúde. O impacto do ChatGPT sobre o bioma da saúde abrirá a pauta do dia, que prosseguirá com uma demonstração ao vivo de aplicação na área de saúde e de outras ferramentas de aprendizado de máquina na cadeia de saúde. Dois estudos de casos internacionais vão mostrar como a tecnologia blockchain está transformando as redes de serviços e como as ferramentas de inteligência artificial poderão detectar infecções microvirais.
A programação prevê ainda a realização de três debates. O primeiro abordará a automação inteligente na saúde. O segundo mostrará como será o médico graduado em 2030 e como a utilização de machine learning fará toda a diferença para ele na prática clínica. Já o último vai discutir como será realizada a migração de um sistema baseado em doenças para um sistema orientado por dados de saúde e bem-estar até 2030.