Alexandre Padilha, convidado do LIDE, lembra que a medida contribui para acelerar a inovação em saúde no País
São Paulo, 25 de março de 2013 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou durante Almoço-Debate hoje que “o Sistema de Registro Eletrônico de Medicamentos trará redução no prazo de análise da Anvisa para novos medicamentos, com a finalidade de estimular a produção e aumentar a competitividade. O prazo deverá ser igual ao do FDA americano. Para tanto, serão contratados 314 servidores e 80% vão para a área de registro de medicamentos para agilizar o processo já a partir de abril”. O evento, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, debateu com os empresários sobre Saúde Pública: Desafio de Melhorar e Inovar, e reuniu 328 participantes no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Padilha também afirmou ser favorável e um grande incentivador da desoneração de impostos dos medicamentos.
O ministro lembrou que quase 100% dos transplantes são realizados pelo SUS e que cerca de 50 milhões de brasileiros são usuários de plano de saúde. “O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes a ter sistema total público”, garante. Outra questão importante que precisa ser enfrentada é a obesidade. “Temos 48,5% da população das capitais com excesso de peso e cerca de R$ 500 milhões são investidos pelo SUS em problemas de obesidade”.
Uma das principais preocupações da população é com o tempo de espera nos atendimentos em hospitais. “Estamos investindo em novas tecnologias para reorganizar a taxa de ocupação”. O ministro afirmou que hoje o Ministério de Saúde monitora online os principais hospitais que fazem parte do grupo de urgência/emergência e esse monitoramente trouxe, além da redução no tempo de espera, a diminuição de perdas nas farmácias dos ambulatórios, por exemplo.
A falta de médicos também permeou o debate. Segundo o ministro, nos Estados Unidos, 25,9% dos médicos são formados fora do país, enquanto que no Brasil esta taxa é de menos de 1%. “Temos forte mercado para médicos, já que, para cada 1,5 de vaga formal disponível, temos apenas um profissional”. Padilha lembra que é preciso ter programa que estimule o profissional a trabalhar nos bairros mais pobres ou nas cidades mais distantes.
Questionado sobre a dicotomia existente entre o sistema público e privado, o ministro foi enfático: “a dicotomia é um atraso”. Ele lembra que parte grande da população possui saúde suplementar e usa SUS. “O SUS também não sobreviveria sem os hospitais privados e filantrópicos, pois temos várias parceiras para transplantes, por exemplo. A saúde suplementar aprende muito com a saúde pública, como no caso do médico da família e saúde preventiva, e o público também aprende com o privado como na tecnologia para gestão de novos hospitais. O que importa é atender bem a população”, finaliza.
Para Padilha, o cartão SUS e prontuário eletrônico são importantes não só na redução de fraudes, mas também no melhor atendimento do paciente, o acesso a exames que realizou, medicamentos que utiliza, etc. “Combinado com isso, evitamos a duplicidade de exames e, assim, o cartão mais prontuário trará redução no desperdício”, finaliza.
Sobre a questão de as Santas Casas prometerem parar atendimento em abril, o ministro disse que, se estivesse na situação delas, aproveitaria para utilizar mais os recursos do Ministério da Saúde. “Em 2011 criou-se incentivos específicos pela qualidade do atendimento prestado. Se a Santa Casa quer 100% SUS, recebe 20% mais por procedimento; se quer participar de programa de transplantes, recebe 60% mais”, garante Padilha.
Eleição para o Governo de São Paulo – Ao ser questionado se é candidato ao governo de São Paulo, Padilha disse apenas que “não tem nada que me honre mais do que a missão que a Dilma me deu”. “Tenho que ficar muito focado na solução dos problemas da saúde e meu desejo é ficar até o final do mandato como ministro. Tenho certeza de que ela vai ganhar a eleição e, se quiser me manter no cargo, vou aceitar”, afirmou.
Pesquisa Clima Empresarial LIDE-FGV – Na pesquisa realizada hoje, a eficiência dos governos municipal e federal sofreram redução, ficando em 3,7 e 4 respectivamente. Para 44% dos participantes, os negócios devem melhorar, contra 42% na edição anterior. No itemEmprego, 45% pretendem empregar – 42% na edição passada. Em relação ao fator que impede o crescimento, a carga tributária aparece em 66% e cenário político com 17%. A maior alta se deu em relação aos negócios para 2013: 67% acreditam que os negócios irão melhorar – na edição passada esse percentual era de 43%. O índice geral de clima empresarial subiu de 5,6 para 5,8.
SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui nove anos de atuação. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com os braços regionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.
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