Tecnologia é grande aliada para integração e automatização de processos e recursos
Durante o 25° Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e do XI Congresso Internacional das Misericórdias, as autoridades de 2000 Santas Casas e Filantrópicos fizeram mais um apelo sobre a urgência das medidas que auxiliem tais entidades a se manterem. Os dois eventos aconteceram simultaneamente e foram organizados pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) e a Confederação Internacional das Misericórdias (CIM), reunindo especialistas do Brasil e do exterior.
Com uma dívida que ultrapassa os R$ 21 bilhões, a situação das Santas Casas é crítica e de extrema importância, já que essas instituições são responsáveis pelo atendimento de metade dos pacientes da saúde pública no país e concentram em sua estrutura quase metade dos leitos públicos, cerca de 130 mil. Entretanto, o repasse do SUS não é de 100% dos valores, o que abre o rombo no orçamento.
Além de uma melhor gestão para resolver o impasse, outra questão abordada foi o benefício que a tecnologia pode trazer para tal situação e para o setor, ainda mais em um cenário econômico tão instável. “Acompanho cada edição do evento e ficou claro que agora está havendo uma conscientização de que o problema de subfinanciamento não será resolvido a curto prazo. Então é preciso uma gestão muito eficiente, para que seja possível fazer mais com menos verba. E isso só é possível com muito controle das entidades”, conta Raphael Castro, gerente Comercial da Wareline, empresa especializada em desenvolvimento de software de gestão hospitalar, que há 15 anos participa do evento. Para Castro, é impossível pensar nessa gestão sem tecnologia, pois somente com ela conseguirão obter a integração e automatização das partes operacionais e financeiras das instituições de saúde.
Com o intuito de auxiliar as entidades a acharem um equilíbrio nas contas, ao mesmo tempo em que aprimoram a gestão de processos e recursos, a Wareline apresentou o Conecte/w Indicadores, uma solução de B.I. e análise de dados totalmente integrada ao seu sistema de gestão hospitalar, que permite a realização de análises amplas da instituição, e serve como um guia para as decisões do administrador hospitalar. Com os dados obtidos é possível identificar os riscos que podem comprometer a gestão, criando oportunidades para corrigi-los rapidamente.
Segundo Castro, o grande diferencial da solução é que ela tem um custo de implementação 40% mais baixo do que costuma ser praticado no mercado, sendo mais acessível para todas as entidades, independente do tamanho. O custo menor se deve, à expertise adquirida com os mais de 60% dos clientes do setor filantrópico de saúde. “ A ideia é que, com uma solução integrada e gerando indicadores em tempo real, otimizamos às necessidades de recursos, aumentando a qualidade e eficiência dos serviços ".
CMB e CIM
O presidente da CMB, Edson Rogatti, destacou que a crise econômica na Saúde não é resultado do momento atual e que está instalada há anos, com o déficit crescente que o subfinanciamento do SUS impôs às Santas Casas. Alegou que, por conta do subfinanciamento, são impedidos de honrar os compromissos com fornecedores e colaboradores, e recorrem às instituições financeiras para conseguirem empréstimos, o que apenas aumentou o endividamento.
Já o presidente da CIM, deputado Antonio Brito, defendeu que, no Brasil, somente o governo federal e o Congresso Nacional podem reverter o problema da Saúde, revendo o orçamento.
Governo- Nacional
A ausência do ministro Arthur Chioro, que não compareceu por conta da incerteza de sua permanência no cargo, foi bastante comentada. Ele foi representado por Elaine Gianotti, que anunciou que cerca de R$ 370 milhões em emendas parlamentares de custeio, equipamentos e obras, destinadas à Saúde, devem ser pagas na primeira semana de outubro. Ela ressaltou a importância das entidades filantrópicas para o SUS, e informou que está sendo negociada a ampliação do prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da mudança no percentual de limite do empréstimo consignado, passando de 30% para 35%.
Marco Regulatório
A aplicabilidade da Lei 13.019 e a Terceirização foram os assuntos discutidos no Fórum Jurídico da CMB. Após o encontro, que aconteceu na quinta (24/09), a CMB colocou em votação durante o encerramento dos Congressos se o segmento deve se manifestar contrariamente à Lei 13.019 ou não.
A ideia foi levada a diante e durante a cerimônia final do evento foi aprovada a elaboração da carta de repúdio à aprovação da lei, que criou um novo marco regulatório das organizações civis (terceiro setor) estabelecendo normas para as parcerias voluntárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios com as entidades também foi abordado pela representante do MS, que disse estarem empenhados para retirar a Saúde do escopo da norma, pode ser um dificultador para as relações entre as entidades filantrópicas e o SUS. O documento será enviado à Presidência da República e aos parlamentares. Segundo Rogatti, além das manifestações durante o Fórum Jurídico, outros fatores que motivaram a necessidade de uma posição da CMB foram a dificuldade da aplicação da Lei aos prestadores de serviço ao SUS e o prazo de vigência da Lei para início no ano que vem.
Governo- Internacional
Além de técnicos do Ministério da Saúde brasileiro, representantes do Ministério de Portugal também estiveram presentes. O país passou por crise semelhante e trouxe informações importantes sobre como enfrentá-la. O secretário de Atenção à Saúde português, Agostinho Branquinho, falou sobre a importância da parceria entre governo e as Misericórdias, que trouxe confiança e previsibilidade nos momentos de crise, garantindo o atendimento à população.
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, explicou que no país as entidades brigaram para que tivessem um preço justo para os atendimentos prestados ao sistema de saúde público. “O que a pessoas querem é cuidar da saúde de forma eficaz e barata. Para eles não interessa se a rede é social ou pública. Quando se tem uma dor, você quer ser bem tratado, e a preços baratos”, afirmou Lemos.
Sobre a Wareline
Criada em 1989, a Wareline é uma empresa especializada em desenvolvimento de software de gestão hospitalar, que oferece integração e automatização das partes operacionais e financeiras das instituições de saúde. As soluções e serviços da Wareline garantem aos clientes qualidade nos sistemas e expertise junto aos órgãos públicos e privados com os quais têm interface. Atuando no mercado nacional, a empresa atende mais de 300 instituições, entre hospitais universitários, filantrópicos, particulares e redes municipais distribuídos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Piauí, Pará, Rondônia, Maranhão e Espírito Santo. Saiba mais em http://www.wareline.com.br.