O HCor – Hospital do Coração, participa de 23 a 25 de junho, XXXII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, no Transamérica Expo Center, com o tema “Fronteiras do tratamento da doença cardiovascular”. Como parte das atividades científicas do evento, o HCor organiza um Simpósio Satélite no próximo dia 24 de junho, das 12h40 às 14h, onde serão abordados temas da atualidade como os avanços no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas, evolução da cirurgia cardíaca, entre outros assuntos. Além do Simpósio Satélite, o HCor estará presente como expositor por meio de um estande de 12 m2 para divulgar os cursos oferecidos pelo CETES HCor.
Durante o congresso, os especialistas do HCor irão mostrar, por meio de palestras, a importância dos exames de imagens no acompanhamento pós operatório de cardiopatias congênitas, pesquisas e estudos multicêntricos em benefício dos pacientes, os avanços no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva avançada, evolução da cirurgia cardíaca, entre outros assuntos.
A fibrilação atrial - arritmia cardíaca em que a frequência e o ritmo do coração tornam-se anormais – considerada a arritmia sustentada mais frequente na atualidade – será discutida em palestra ministrada pelo responsável do Serviço de Arritmias Cardíacas do HCor, Dr. José Carlos Pachón. Segundo o cardiologista, essa arritmia assumiu proporções epidêmicas já que sua incidência está aumentando no mundo moderno devido ao envelhecimento da população, aumento do estresse, hipertensão arterial, diabetes e obesidade. Sua pior consequência, além da própria arritmia, é o trombo-embolismo cerebral.
“O HCor tem um laboratório diferenciado para o tratamento definitivo dessa arritmia. Durante o congresso vamos mostrar a tecnologia atual para a ablação por cateter com a utilização dos eletrodos irrigados que proporcionaram melhora significativa dos resultados e praticamente ausência de complicações.Este processo permitiu ampliar ainda mais o sucesso da ablação por radiofrequência termo-controlada por computador. É, sem dúvida, o maior avanço no tratamento das arritmias cardíacas nos últimos 30 anos e o HCor foi um dos primeiros hospitais da América Latina a realizar este procedimento”, explica Dr. Pachón.
Segundo o especialista, esse método permite curar uma grande variedade de arritmias sem a necessidade de cirurgia. “Os focos das arritmias são eliminados sem abertura do tórax, por meio da aplicação de radiofrequência através de soro fisiológico com um eletrodo posicionado sob controle computadorizado num mapa tridimensional. O paciente permanece no hospital de um a dois dias, e poderá retornar rapidamente para suas atividades”, esclarece o responsável pelo Serviço de Arritmias do HCor, Dr. José Carlos Pachón.
Ainda dentro da área de fibriliação atrial, o Dr. Carlos Pedra do Setor de Hemodinâmica do HCor, irá abordar novas técnicas de cateterismo que podem ajudar os idosos a reduzir o risco de acidentes vasculares cerebrais causados pela fibrilação atrial crônica.
Realizado há poucos meses no Brasil e com cerca de 2 mil pessoas já tratadas no mundo com a técnica, este novo procedimento tem sido utilizado na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC ou derrame) em pacientes idosos portadores de fibrilação atrial (arritmia cardíaca) que possuem alguma dificuldade ou contra-indicação para uso de anticoagulantes. A fibrilação atrial é a arritmia mais frequente encontrada na cardiologia, sendo muito comum em pacientes idosos. Nesta doença, as câmaras superiores do coração batem com uma frequência extremamente rápida e com amplitude muita curta, parecendo mais uma tremulação que um batimento propriamente dito.
“Quando isto ocorre por um período mais prolongado de tempo, existe o risco de formação de coágulos dentro do coração (mais especificamente dentro do apêndice atrial esquerdo). Estes coágulos podem se desprender e causar o acidente vascular cerebral por obstrução de vasos sanguíneos cerebrais (embolia). O risco é maior se o paciente tem mais que 75 anos, diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, atingindo taxas de até 18% em um período de um ano nestes casos”, explica o cardiologista intervencionista do HCor, Dr. Carlos Pedra.
Geralmente esses pacientes dependem do uso contínuo de anticoagulantes para prevenir a formação destes coágulos. Porém, estima-se que cerca dos 25 a 50% dos casos há alguma restrição a este tipo de medicação, especialmente por poderem causar sangramentos graves. Além disso, esses pacientes necessitam de controle contínuo para checar o nível de coagulação (grau de refinamento do sangue) através de exames periódicos objetivando-se ajustar a dosagem. É especialmente neste grupo, formado em sua maioria por pessoas com mais de 60 a 70 anos que o novo tratamento é indicado, pois possibilita suspender o uso de anticoagulante e proteger o paciente de uma possível embolia. Ainda se enquadram neste perfil de risco, os diabéticos, hipertensos e os que já tiveram no passado um AVC.
“Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, esta população tem crescido significativamente nos últimos anos e as doenças características desta faixa etária, como os problemas cardiovasculares, seguem ritmo semelhante. Daí a preocupação de buscar novos tratamentos que possibilitem uma melhoria na qualidade de vida”, finaliza Dr. Pedra.
O cardiologista e especialista em medicina do esporte do HCor, Dr. Daniel Daher, apresentará no congresso alguns tópicos que farão parte da primeira diretriz de cardioesporte do país. “Serão mostrados assuntos relacionados como a avaliação cardiológica antes da prática esportiva, englobando crianças, jovens, adultos e idosos, sendo eles esportistas profissionais ou amadores. Será dada ênfase nos procedimentos de diagnóstico clínico (história médica e exame físico) e na utilização dos métodos complementares de diagnóstico em cardiologia e também o melhor modelo de atestado médico para liberação ao esporte e atividades físicas em geral”, esclarece Dr. Daher.
O Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor apresentará no congresso o BRIDGE (Intervenção Brasileira para Aumentar o Uso de Evidências na Prática Clínica de Síndromes Coronarianas Agudas) no qual consiste em um projeto do HCor em parceria com a Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, que visa a melhoria de qualidade assistencial por meio de incorporação de intervenções baseadas em evidências em hospitais públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde. O cenário escolhido é o das Síndromes Coronarianas Agudas, por representarem a maior causa de mortalidade e incapacidade global, com ônus maior em países em desenvolvimento, como o Brasil.
“Na primeira fase do projeto que aconteceu no decorrer do ano passado, foi realizado um estudo transversal para avaliarmos como estava a prática clínica do paciente com infarto nos hospitais públicos. Na segunda fase, que está em andamento, 36 instituições participantes foram sorteadas para receberem o pacote de ferramentas de melhoria de prática clínica e treinamento. Dessa forma, 19 instituições foram sorteadas para receberem a intervenção que contempla um treinamento específico em Síndrome Coronariana Aguda, lembretes como etiquetas para fichas de admissão, check-list que norteiam o atendimento e pulseiras para os pacientes, entre outros”, esclarece o responsável pelo IEP HCor, Dr. Otávio Berwanger.
Segundo Dr. Berwanger, o treinamento foi realizado nas dependências do CETES-HCor com instrutores capacitados e experientes na metodologia de ensino baseado em simulação.“Os profissionais indicados por essas instituições puderam praticar o atendimento ao paciente com Infarto Agudo do Miocárdio utilizando as ferramentas de melhoria de práticas clínicas próprias do projeto BRIDGE, e são multiplicadores deste conhecimento em cada instituição.A idéia é que o treinamento, somado à utilização dessas ferramentas, possam otimizar o diagnóstico e o atendimento ao paciente com Síndrome Coronariana Aguda, nos hospitais do Sistema Único de Saúde”, finaliza Dr. Berwanger.
Programação do Simpósio Satélite do HCor:
Fronteiras do Tratamento da Doença Cardiovascular
Coordenação: Prof. Dr.Adib Jatene
Moderadores: Otávio Berwanger / Amanda Sousa
Tratamento Intervencionista da Fibrilação Atrial Crônica: Qual a Melhor Técnica? Quando Indicar?
- Ablação: J. Carlos Pachón
- Cirurgia: Luiz Carlos B. Souza
- Oclusão do Apêndice Atrial: Carlos Pedra
Apresentação do Caso Clínico: Ieda Maria Liguori
Painel de Debatedores: J. Eduardo Sousa, Edson Romano, Luiz Carlos B. Sousa, Carlos Rochitte, Antonio Kambara, Enilton T. do Egito
Comentários Finais - Mensagens e Perspectivas: Prof. Dr. Adib Jatene
Anote na agenda:
XXXII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
Data: 23 a 25 de junho
Horário: das 08h às 18h
Local: Transamérica Expo Center
Endereço: Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro
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