Notícia

Skip Navigation LinksHome > Simpro > Notícia

Intermédica vai investir em rede própria
05/09/2006

Ferramenta bastante utilizada hoje pelos planos de saúde para reduzir custos, programas de prevenção já fazem parte da estratégia do Grupo NotreDame Intermédica desde 1982, quando a rede implantou seu programa piloto, afirma o médico Paulo Sérgio Barros Barbanti, presidente da empresa. Na época, a medida visava apenas melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas, como diabetes, dores na coluna, obesidade, asma e depressão. Na prática, já naquela época, há 24 anos, o programa de medicina preventiva se mostrou uma grande oportunidade para reduzir custos. Em alguns casos, as ações educativas diminuíram em 80% o número de exames, consultas e internações.

A idéia é simples, afirma Barbanti, "montar um sistema dentro da visão de saúde pública, mas com eficiência". Até porque o resultado compensa. Com 38 anos de funcionamento, a rede conta com 72 centros clínicos, nove prontos-socorros, sete hospitais e quatro maternidades. O foco de atuação está principalmente na região metropolitana e interior de São Paulo, além de capitais no Norte e Nordeste.


Novos hospitais
A empresa pretende "competir com rede própria nas principais capitais do País", diz o médico, que não descarta a possibilidade de, finalizada a conso-lidação da rede, investir na abertura de novos hospitais. Nos últimos dois anos, a Intermédica destinou recursos de R$ 40 milhões na ampliação de sua rede própria de atendimento. "Nos próximos três anos vamos investir para ampliar e qualificar as operações existentes no Nordeste e entrar em outros mercados", diz Barbanti. A empresa acaba de inaugurar unidades próprias de atendimentos em Belo Horizonte, Contagem e Uberlândia. A cidade do Rio de Janeiro é o próximo alvo dos investimentos.

A rede própria vai permitir nova redução dos custos médicos. Segundo Barbanti, os últimos investimentos (em ampliações e pessoal), além do repasse de margem para os clientes (preço médio do plano teve redução de cerca de 10% sobre o ano anterior), comprometeram o lucro da empresa em 2005.
Com receita líquida de R$ 702,5 milhões no ano passado, resultado 17,3% superior que em 2004, a Intermédica registrou lucro líquido de R$ 37,5 milhões, uma redução de 22,5% sobre o ano anterior.

A sinistralidade (diferença entre a receita e o custo médico) saiu de 72,2% em 2004 para o perigoso índice de 80,6% em 2005 - para muitos analistas do mercado uma sinistralidade de 85% compromete a operação da empresa. Mas Barbanti é enfático em garantir que a saúde financeira da Intermédica vai muito bem. "Tivemos um retorno sobre capital de 70,8%."
Para Barbanti, a explicação não está apenas nos resultados financeiros. "Quando se investe e se transfere margem para o cliente, sabemos que vamos comprometer alguns índices."

Pacientes crônicos
Os números que o empresários prefere apresentar estão longe dos dados das demonstrações financeiras. Ele enfatiza os resultados positivos de melhoria da qualidade de vida de pacientes com problemas crônicos.

Como o Programa de Atendimento ao Idoso, feito em pacientes com idade superior a 60 anos que apresentam limitação de atividade diária. Segundo pesquisa feita pela empresa com 100 pacientes, com a medicina preventiva, após seis meses de tratamento, 38% conseguiram voltar a subir lances de escadas; 33% passaram a fazer a compra de seus próprios mantimentos; e 27% começaram a realizar passeios perto de casa. Além de outras ações simples, como tomar banho sozinho, fazer sua própria comida, vestir roupa e cuidar da aparência.

"Imagine o que é para uma pessoa ver essa melhora em seu familiar." Ele ressalta que, no final, todos ganham. "O número de internações entre os idosos pesquisados caiu 73% nos primeiros seis meses de acompanhamento."

Outro orgulho do médico é o programa de redução de cesarianas. A empresa faz, em seus hospitais próprios, 22% a menos de cesarianas em comparação com o setor de saúde suplementar. "Fazemos um trabalho de educação sobre os benefícios do parto normal."
Dentre as empresas de plano de saúde, a Intermédica é a que tem menor número de reclamações no Procon, apesar de seus 1,3 milhão de beneficiários. "O usuário sabe que adquiriu mais que uma lista telefônica com os nomes de vários médicos."

Fonte: