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SP: Albert Einstein prevê investir R$ 320 milhões em cinco anos
03/05/2006
Primeira instituição hospitalar fora dos Estados Unidos a ser certificada pela Joint Commission International, a principal entidade certificadora de serviços de saúde em todo o mundo — e pela terceira vez em fevereiro, sendo a única entidade hospitalar do mundo a ter esse nível — , o Hospital Israelita Albert Einstein investirá R$ 320 milhões para ampliar de 420 para 700 o número de leitos oferecidos em cinco anos. De acordo com pesquisa realizada pelo DCI, com 200 profissionais do setor, a instituição foi reconhecida como um dos quatro maiores centros de excelência do País, ao lado de Sírio-Libanês , Hospital das Clínicas e Oswaldo Cruz . Com bons resultados em 2005, a expectativa da instituição, que é tida como a mais importante na América Latina, é expandir em 2006 e manter os 15% de crescimento.
“O Einstein trabalha todos os dias para manter o compromisso com a qualidade conquistada ao longo dos seus mais de 50 anos de existência”, afirmou o presidente da sociedade beneficente Israelita Albert Einstein, dr. Claudio Luiz Lottemberg.
Com faturamento de R$ 650 milhões em 2005 e taxa de ocupação de cerca de 85%, com 30 mil internações realizadas no ano passado, o Einstein concentrará sua expansão em sua unidade no Morumbi.
O crescimento expressivo do número de exames externos de 30% e o investimento de R$ 3 milhões em uma campanha publicitária em televisão e revista durante o ano passado também contribuíram para o aumento de 15% do faturamento em relação ao ano anterior.
O reconhecimento do Einstein como hospital de excelência também vem, segundo o diretor comercial e de marketing da instituição, Paulo Schwartz, da busca por tudo o que há de melhor em medicina, equipamentos, corpo clínico. “Há, por exemplo, investimentos em treinamentos e assistência humanizada”, afirmou o executivo.
O Instituto Israelita de Estudos e Pesquisas, segundo ele, desenvolve e acompanha o que há de mais moderno em pesquisas, desde as experimentais até as clínicas, que tem aplicações práticas mais constantes. Hoje são mais de 90 pesquisas em andamento e, segundo o diretor de práticas médicas, dr. Miguel Cendoroglo, “já contribuíram com conhecimentos que se desdobraram em melhorias na medicina”. Uma delas é a de células-tronco, que ainda não tem aplicações diretas. O hospital é líder em tecnologia de imagem, com exames, por exemplo, de PET/CT e Ressonância magnética, segundo Cendoroglo.
Além disso, existe o centro de tratamento experimental em cirurgias, em que há simulações realísticas, transmitidas para hospitais da marinha e de Ribeirão Preto, por exemplo. É o primeiro curso de transplante experimental em telemedicina.
Pesquisa
O corpo clínico, que soma hoje 4 mil médicos autônomos e mais 500 contratados, se beneficia e é incentivado por ações do hospital que, por exemplo, incentivam a pesquisa. “Os médicos têm oportunidade de exercer a sua medicina e desenvolver pesquisas”. No programa Educação Médica Continuada, os profissionais ganham pontos a cada congresso, aula de aprimoramento e cursos que participam. “O reconhecimento dos médicos vem confirmar a reputação do hospital e premia o esforço que a instituição empreende continuamente para oferecer o que há de melhor em recursos tecnológicos e humanos para o exercício da medicina”, completou Lottemberg.
O terceiro braço da instituição, também de grande importância, segundo Schwartz, é o Instituto Israelita de Responsabilidade Social. O hospital, que completou em abril mil transplantes de fígado, rim, pâncreas e pâncreas e rim é o maior centro transplantador hepático do Brasil — realiza 12% do total no Brasil — em 2005, 110 operações desse tipo, sendo que 90% delas são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o hospital tem o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, que oferece atendimento, desde vacinação até internação, para 10 mil crianças da região.
O Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical é outra ação relevante para a instituição. “Fazemos a coleta, armazenando e classificação para oferecer a qualquer hospital que precisar. Pretendemos cobrir a rede de necessidade de transplante, com cerca de 11 mil cordões, com células armazenadas e prontas”, analisou Cendoroglo.
Outro projeto é o Programa Saúde da Família (PSF), que mantém 29 equipes de Saúde da Família com 29 médicos, 29 enfermeiros, 58 auxiliares de enfermagem e 170 agentes comunitários de saúde.
O hospital atende hoje 60 planos de saúde e segundo Schwartz, há um bom relacionamento com as fontes pagadoras. “O nosso objetivo é a boa prática da medicina, baseada em evidência. Temos foco em resolutividade, baixo tempo de permanência, reduzindo o custo dos planos de saúde”, concluiu.
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